Vera Fischer compartilhou lembranças de sua carreira televisiva durante uma entrevista no programa Encontro com Patrícia Poeta. Aos 72 anos, a atriz falou sobre os desafios que enfrentou por conta de sua aparência. Ela destacou que, no início de sua trajetória, lidou com o machismo e a rivalidade entre mulheres. “Eu era invejada por um lado e cobiçada por outro”, comentou.
Antes de sua estreia como atriz, Vera já havia alcançado fama como modelo, vencendo concursos de beleza como Miss Blumenau, Miss Santa Catarina e Miss Brasil. Esses títulos foram fundamentais para atrair o interesse dos produtores de televisão nos anos 1970. Em 1976, ela começou sua carreira na Globo, rapidamente conquistando papéis proeminentes. “Logo na segunda novela já fui protagonista, e continuei pegando trabalhos gloriosos, com escritores e diretores maravilhosos”, lembrou a atriz.
Vera também destacou que, mesmo hoje, continua a ser reconhecida por novas gerações que não acompanharam seu auge. “As pessoas podem me ver no teatro, mas também sabem quem é Vera Fischer e o que eu fiz”, afirmou.
A atriz refletiu sobre os desafios que enfrentou ao longo dos anos, mencionando o ambiente hostil devido ao machismo. “Existia muito machismo, como existe hoje. Eu era invejada por um lado e cobiçada por outro. Sempre tinha aquela dúvida: ‘Como ela vai ser boa atriz se é bonita? Não pode’. Isso me deixava mais solitária, e ao longo da vida aprendi a ser mais seletiva”, compartilhou.
Além disso, Vera falou sobre a mudança em sua vida social após a pandemia de 2020, revelando que agora prefere a companhia de amigos verdadeiros em vez de grandes festas. “Hoje prefiro estar com amigos verdadeiros, um grupo seleto. É bom sair para jantar, conversar, ou mesmo trabalhar junto”, explicou.
Com uma carreira que se estende por quase cinco décadas, Vera Fischer acumulou uma vasta experiência em novelas, filmes e teatro. Entre seus papéis mais memoráveis na televisão estão a personagem Helena em Laços de Família (2000), além de participações marcantes em Mandala (1987), O Rei do Gado (1996) e O Clone (2001).
